explicação da escolha: filme com a Kate Hudson. (filmografia da cidadã: como perder um homem em 10 dias - além de outro filme com o Matthew Mcggohannaggay, Alex & Emma, e mais 264 comédias românticas. Escolha segura, certo?)Sem contar que esse cara do meio também uns filmes romantiquinhos - mas eu não consigo aceitar ele como galã nele porque ele tem a cara toda furada de acne, praticamente o Aldemar Vigário da Escolinha do Professor Raimundo. O com cara de bobão é o que, hm, faz amor com a torta de maçã em American Pie. Ele também fez American Pie 2, American Pie 3, (...) American Pie 17, etc Que sofre do mesmo mal de Ralph Macchio e Matthew Broderick, ou seja, nunca vai ter cara de adulto. Vai passar de adolescente com cara de bobo para velho com cara de adolescente com cara de bobo.
Zenti, ele fez American Pie, que é um filme que você não quer assistir com seus progenitores. Deveríamos ter prestado atenção aos sinais...
Família toda reunida, pipoca (na verdade ruffles porque esqueceram de comprar pipoca), balinha 7bello, luzes apagadas. "Acende essa luz que senão dói meus olhos!" É, isso foi o meu pai. Matou metade do clima, mas pula essa.
Filme começa.
1 minuto de filme: diálogo: "você começa me fazendo um boquete (...), eu tenho um gosto ótimo" (ou qualquer coisa delicada do gênero)
*Nessa hora, uma irmã já começa a olhar pra outra, sem encarar mãe ou pai.
bad boy dirigindo feito um maníaco, gritando ao telefone "eu não sabia que era sua irmã! estava escuro, eu pensei que tava comendo você!". Logo depois, no carro ouvindo "Pop that pussy", que traduziram como "Mexa essa xana" ou algo assim. Gritando "Mexa essa Xana!!!" e falando "essa música é sobre amor, ele fala mexa essa xana, mas é uma metáfora para me abrace. Não é uma música sobre boquetes!"
*Nisso a gente tá perguntando "Quem escolheu esse filme???"
Começa uma cena em que o menino do american pie aparece com uma caixa de filmes pornôs e eles lêem os nomes em voz alta. O que pode ser engraçado se você tiver com um bando de amigos, mas com mamãe e, principalmente, papai não foi muito, digamos, confortável.
Finalmente começam as cenas com a mocinha, e todo mundo pensa: ufa, vai subir o nível!
10 segundos de conversa e a amiga da mocinha dizendo "com quantos caras você já transou?". E A gente percebeu que o negócio num ia melhorar não, bicho. Mas nós somos brasileiros e não desistimos nun... Quando ela diz "Você tem que chupar muitos sapos até chupar um príncipe!"
Nessa hora, a gente não foi brasileiro que não desiste nunca não. Alguém fez a caridade de levantar e falar, beleza, bora assistir um filme velho mesmo e tal.
E foi isso. Meu pai começou a roncar 5 minutos depois do início de "E se fosse verdade" (o filme é bonitinho até, mas eu suuuper recomendo o livro do Marc Levy.)
Isso me fez lembrar de uma história da minha infância. Em 1990, mami resolveu levar as crias ao cinema pra ver uma comédia. A escolhida foi "O tiro que não saiu pela culatra". Olha esse cartaz, claro que é um filme para se assistir com a pirralhada:
classificação no Brasil: livre. (Obviamente foi um erro esse filme ter censura de 13 e até 16 anos em outros países...)Cara, minha mãe conta que ela tinha que ler as legendas pra gente (helloooo, mãe, desde quando filme com legenda deveria ser pra crianças??? É, Willow na Terra da Magia também não devia ter classificação livre. ô-bê-ésse: Um dia o Val Kilmer já foi totoso.) Eu lembro que não entendi quase nada do filme, e, como eu tive infância, não saquei os duplos sentidos e piadas de cunho sexual, mas lembro de uma cena onde um personagem acha um vibrador da mulher no armário, algo assim e ela pega e esconde, não sei bem. E a minha mãe lá com 3 ou 4 crianças com menos de 10 anos, tendo que ler a legenda pra algumas e explicar pra geral o que era um vibrador e pra que servia (mas mãe, se é só um tipo de lanterna, por que ela tá escondendo? Por que ela não pode usar a lanterna na frente dos outros?). Ai, coitada. Só de imaginar o embaraço da minha mãe...
Choro de rir. Porque eu não sou um espírito evoluído.
Nenhum comentário:
Postar um comentário